No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

quarta-feira, maio 30, 2007

Minha Vida

Cuidavas que era pedra
Sentimentos não tinha
Fosse eu andorinha
Bem longe voaria

Bem frágil sou
Arbusto se vergou
Um raio o quebrou
A chama se apagou

Negro manto cobre meu chão
Dói-me a tua falta de visão
Mas meus olhos rente ao chão
Meus passos a ti já não vão

Embrulhem-me …
a alma num caixão
Meus sentimentos eram
tudo o que tinha
Não há chama
não há vida
alma minha roubastes
Uma pedra me deixastes

domingo, maio 27, 2007

Marcas do Tempo

Houve um tempo
As palavras eram inúteis
Os olhos se entendiam
Teu olhar era guia
A cidade resplandecia
Em esboços de mil cores
Céus espelhados
Arcos-íris incrustados
No mar da nossa comoção
Em ti vibrava um coração
A mínima sensação

Há um tempo
Em que os voos planados
Não passam do chão
Olhos acinzentados
Expressam decepção

Haverá um tempo
para o arrependimento ?

Pois sim, estarei aqui
27/5/06

segunda-feira, maio 07, 2007

Diferentes mas Iguais

Pé descalço sabe bem
Nunca será ninguém!
Ao pé do sapato d’Alguém

Aquele não tem vintém
Este, não sabe Quantos tem

Brilha o Sol, ilumina a Lua
Todos a reclamam sua
Gira a Terra e rebola
Atrás de outra Bola

A cada tola,
Sua mania
A todos,
Sua fantasia
7/5/07

domingo, maio 06, 2007

Dia da Mãe



A todas as mães esquecidas
Quantos momentos sentidos
Como vidas perdidas

Coração de mãe
Treme, balança pelo seu maior bem
Filho seu, é tudo o que na vida tem

Tu, tu aí que me ouves, me escutas
Parece-te bem, iludir teu maior bem?

Nada na alma te diz,
Nela estar tua raiz?

Repara bem, no olhar de mãe …
carinho, colo, desassossego
Ternuras, mimo, Amor
É só o que ele contém

Coração de mãe
Não o subestimes
Não o substituas
Pelo de ninguém

Mea culpa, mea culpa, no meio de ambições
Esquecemos os nossos corações)

quinta-feira, maio 03, 2007

Atroz


Atroz é o teu olhar cúmplice
Que o meu entende.
Atroz é o teu modo de ser
sem te comprometer.
Atroz é o som da tua voz
Suave, cândida que seduz
Atroz é a tua mão macia
Que a minha segura.
Atroz são as tuas carícias
Jamais olvidas
Atroz são os teus aconchegos
afagos, de alma inimagináveis
Atroz são teus beijos
Jamais esquecidos

Atroz é a insuportável
ausência de ti, em mim
30/4/07