No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

quinta-feira, novembro 24, 2005

Educação


Doem, magoam e ferem, as Palavras
Diz o poeta, como punhais

As Pancadas,
Magoam ferem, muito mais

Mágoas negras e cinzentas
No jovem coração deixam

As pancadas
Duplamente sentidas
Amargas se revelam

As palavras deixam marcas cinzentas
As pancadas, essas deixam negras marcas

amemos os nossos jovens
não com palavras como punhais
nem com negras ou cinzentas marcas
mas com gestos ou palavras dignas de racionais

pois há palavras que por si
congregam vontades
animam corações
rasgam sorrisos
acarinham
mimam
amam

e

Rejubilam o fim à pancada que, algum dia, alguém deu

terça-feira, novembro 08, 2005

Fingimento

Todo o Ser é um fingidor
Finge que tudo está bem
Finge que não mente
Finge que trabalha
Finge que é amigo
Finge que perdoa
Finge que ama

Finge que vive

Finge que não finge

Finge finge
Finge por tudo e por nada

Pobre ser Fingidor
Onde está o teu calor
A marca da tua vida?

A verdade que tanto odias,
é a droga dos teus dias
De tanto te inventares
De ti te esqueceste

Acredita metes dó
A ninguém convences
A ti mesmo te enganas

mais do que a tua própria mentira
díficil um coxo apanhar seria

Perna curta tem
Quem finge tão bem

segunda-feira, novembro 07, 2005

Cansada de Mim



Cai a Noite
um cansaço milenar
desce

Tensos os músculos doem-me
Os olhos enublados fecham-se
Nada vejo
Nada sinto

Estremeço
Naufrago de mim por ti

Há um mar de silêncios
que perdura entre nós
Frases soltas, desgarradas
ricocheteiam no vazio do teu Ser

Quisera ser ponte
Fiquem à margem
Longínqua de
mim, adormeci …

Já não vejo
Já não sinto

E Toda estremeço por ti