No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

sábado, março 24, 2007

Juras de Amor





Foram palavras ditas por amor
juras seladas por bocas sôfregas
Corpos cansados
Ávidos de desejo
Beijos loucos
Que a distância
Empolgou

Foram projectos de mil cores
Corpos suados e nunca saciados

Foram palavras loucas de amor
Corações ensandecidos
Olhos na linha do horizonte

Foram olhares meus desviados
Que um deus qualquer roubou

Foi chama que se extinguiu
Alma minha decadente
lamentos que nunca se ouviu

São vidas de mil cores
Em negras luzes apagadas
Em almas transmudadas
Pedra sobre pedra
Não sobrou
25/3/07


(Ao Cair do Pano, Fica o Vazio)

terça-feira, março 20, 2007

Abnegação


Quis um dia encontrar a vida
Deparei-me com o teu viver
Foi percurso porfiado
Nunca questionado

Foram desígnios traçados
Foram sonhos, ilusões
Esperanças, fantasias
Foram esboços de vida

Foram razões de porfia

O Sonho da minha vida
Tua vida, minha vida
Divisas nem por um dia

Foi querer a mais não poder
Foram razões de viver

Teu olhar, meu olhar
Teus sonhos, meu sonhar
Teus receios, meus medos
Teus cansaços, meus fados
Teu sorriso, minhas gargalhadas
Teu choro, minhas lágrimas
Teu desejo, meu desejo
seres um dia, feliz
20/3/07

(Olha a Lua que vai Alta,
Não Desistas, Nunca)

sexta-feira, março 16, 2007

Vazio de Mim



Vendo bem, que fazes aqui?
Besta sadia, cansada de ti

Um pouco mais …
Já não sais daí

Vendaval por ti passou
Um Deus maior te enfeitiçou
No charco te lançou
Tua alma enredou

Malhas que o destino traçou
Sentidos querias encontrar
Outros sonhos realizar

O tempo, tudo baralhou
Novo fado te destinou
Um bem maior decretou
No dever e no haver,
Souberas escolher
Outra hipótese
Haverás de ser
16/3/07

(Vendo Bem,
Uma Nova Oportunidade

Sabe Bem)

segunda-feira, março 12, 2007

Verdade ou Mentira




Não me elogies, não
Sê firme na razão
verdade de ocasião
não merece perdão

Amolece o carácter
fruto da comiseração
Minha essência subestimada
É uma dissonância da razão
Dura apenas uma ocasião
Faz-me viver na ilusão

O amigo do coração,
Usa de sinceridade
Encontra justificação
dura seja a precisão

Amigos terei, até os de ocasião
Os do peito falam verdade
Polémicas, não receiam
Sabem sempre,
Ter razão.
12/4/07

( Escuta, Quem te avisa, Amigo é ... )

domingo, março 04, 2007

Delírio





Queda estava eu
No meu silencioso pensar
Do absoluto teu rosto emergia
Alienada em meu pensar, sentia
A robustez do teu olhar
Meus olhos eternecia

Cativa em meu silêncio
Tua voz ao longe ouvia
Era um sussurro de mim
Meu sorriso resplandecia

Eras a paz da minha alma
Estrelinhas pressentia
E tudo em ti me comovia

Ah! silêncio da minha alma
Grávida de ti,
Como atenta te escuto!

Virás um dia colher
Teu doce fruto?

Contigo voaria, se asas teria
As que me deste um dia…

(Não Acordes não, Vais Ver o Trambolhão ...)

4/3/07