No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

sábado, maio 03, 2008

Filhos de Um Amor Incerto



E tantos eram os sonhos
E o quanto eu te quis feliz
E o quanto te sinto coitado

Sonhos e sonhos traçados
Desígnios, sorridentes
Amanhãs florescentes
Corações abraçados

A vida que corria bem
Teu sorriso de encantar
O bastante para cativar
O brilho do meu olhar

E agora filho meu!
Ai, o mal que pressinto
A rotina dos teus dias
Mais do que ocos vazios
A fé em coisa nenhuma
E essa maldita cocaína
Um presente envenenado
Um idiota te ofereceu
E teu mundo esvaneceu

À droga madrasta
Te tornaste obediente
Eleita para confidente
Ladra do meu doce amor
Perpétua é a minha dor

Filho da droga
Mais dela que meu
Não me ouves não me vês
Sinto, perder-te de vez

De mãos erguidas, te peço
Volta para mim, outra vez
Volta a mim o teu olhar
Volta à vida, ao amor
Ensinar-te-ei a andar
E voltarás a sonhar
30/4/08