No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

terça-feira, setembro 12, 2006

Ciclos da Vida



Na paragem mais próxima
apeei-me a meio
E da minha paragem
Vejo-te chegar,
sonhos que trazes
Vejo-te partir,
sonhos que levas
Na mochilha um sorriso
de eterna criança
Recordas-me a infância
de meninice gaiata
Que inocente à vida sorria
todos os trilhos experimentava
Todos os obstáculos vencia
Tudo era correcto
Tudo se movia
Tudo era certo
Tudo sorria
Outros trilhos se cruzam
noutras paragens, noutros destinos
Com entusiasmos de outrora
São andorinhas de outras paragens
que da minha vejo partir
e ao mundo sorrir
12/09/06

segunda-feira, setembro 11, 2006

Fazes-me Falta


Faço uma pausa
Sinto a ausência do teu olhar
Faz-me falta o brilho do teu olhar
Os olhos que aos meus sorriam
E tudo percebiam
Faço uma pausa
Sinto o silêncio da tua voz
Faz-me falta o som da tua voz
As conversas de coisa nenhuma mas nossas
Faço uma pausa
Sinto a tua imensa falta
Os meus dias iluminados
minhas noites estreladas
Faço uma pausa
Já não sinto
Já não vejo
Tenho sede
Do olhar que o meu entendia
Da voz cansada
de afecto e ternura carregada
Faço uma pausa
Tudo é mais sombrio
Tudo é mais cansativo
Tudo é mais longínquo
Quando virão teus olhos sorrir aos meus
11/9/06

sábado, setembro 02, 2006

Ausência


A tua ausência
É o vazio da Casa
Mas é também
O vazio de tudo
Falta de sentido
para tudo
É um nada acreditar
É um nada querer
É um nada fazer
É um querer e não querer
É um não fazer sentido
É um estar vivo, morto
É uma razão que grita
mas não cala o coração
É um coração que chora
É um buscar forças
No sorriso do teu futuro
2/9/06