No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

quinta-feira, novembro 22, 2007

Assim Vai o Reino da Educação

Calem-se os Doutos da educação
Dos “grandiosos” e inúteis “feitos”
“Que outro valor mais alto se alevanta”
As vozes dos professores caluniados
Que com “engenho” a tanto se atreveram
Ensiná-los a ler, a escrever e a somar
Modos de ser, saberes e conhecimentos
Mas não a subtrair direitos e deveres
Destilados, suados e transpirados
E muito menos a dividir para reinar

Onde vai isto dar?
Quiçá um país de …
(errada queria eu estar)
Se a todos ousarem enganar
Os pais dizem que os “têm”
Bom proveito lhes faça
Queiram ou não, os alunos
Vamos, educar e ensinar
Pois um dia vão optar
Com mestria e sabedoria
Quem os hão-de Governar.


(E com saber e engenho
Não se vão deixar enganar)

Amores Meus


No tempo e no espaço
Quantos de mim,
Distantes estão
Onde era Amizade
Estima, carinho
Elos do coração
Afectos …
Onde, ora estarão?

Fizeram-me acreditar
No Mais doce sonho
palavras loucas
De tão ocas, tontas

Lixo me consideraram
Pelas ruas mendiguei
E de tanto pensar
Que tal havia por mal
Por becos e becos Caminhei
Sossêgo à alma encontrar
Na inquietude de mim
Aos livros retornei
E aí sim,
Senti-me alguém.
21/11/07

sábado, novembro 10, 2007

Vidas Esquecidas




Falemos de Almas
Mãos trémulas, suplicantes
Por um afago, um aconchego
De uma solidão, sem razão
Maior, que a d’um cão
Rostos maltratados, cansados
Rugas hipotecadas, escondidas
Em maleitas passadas e perdidas
Olhos apagados na linha do horizonte
Não vendo solução, em nenhuma fonte

Falemos de Gente
Um prato sobre a mesa, vazio
Um olhar, triste, cansado e frio
Um desânimo, uma falta de alento
Nunca tão acentuado, como no momento

Falemos de Vidas
Aprisionadas em becos sem saídas
Para quem uma cova era paz e sossego
Glória de uma vida sem jeito
Tais foram as dores de peito

Falemos de Nós
E de quantos de Nós,
Frágeis como uma noz
Nos sentimos tão sós
Desatando tais nós

Porém …
O Arbusto verga mas não quebra
Sempre seremos alguém
Ainda que por ninguém.!

segunda-feira, novembro 05, 2007

Podia...


Escrever-te mil frases coloridas
Pintar o arco-íris de tintas mil
Contar uma piada da tv um apanhado
Rebolar em gargalhadas
Em troca de um sorriso
No teu olhar acastanhado

Podia
Com mágica borracha
Apagar teu sofrimento
Arrancar do teu peito
Essa dor sem jeito
Dar-te colo
Dar-te mimo

Podia
dar-te este mundo e o outro
E tudo seria muito pouco
Para afastar tal “cálice”

Na minha modesta humildade
Dou-te a minha solidariedade

(E tudo é tão pouco)

sábado, novembro 03, 2007

Desejo Ser o Outro

Na moita à coca espreitas
Fracasso meu anseias
Leio-o no teu olhar
Com que me rodeias

Pudesse eu partir
Para não ser tua sombra
Pudesses brilhar por ti
Sem lembranças de mim

Talvez imagines Sóis
Em Luas crescentes
Ilusões não são sementes
Nem tão pouco o que sentes

Vês-me teu inimigo
Sonhas como o meu ser
Não pedi para nascer
Muito menos para morrer

Se em mim te imaginas ao espelho
Terás de ter muito mais engenho
Nada se consegue sem empenho
E muito menos em cima do joelho