No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

sábado, novembro 10, 2007

Vidas Esquecidas




Falemos de Almas
Mãos trémulas, suplicantes
Por um afago, um aconchego
De uma solidão, sem razão
Maior, que a d’um cão
Rostos maltratados, cansados
Rugas hipotecadas, escondidas
Em maleitas passadas e perdidas
Olhos apagados na linha do horizonte
Não vendo solução, em nenhuma fonte

Falemos de Gente
Um prato sobre a mesa, vazio
Um olhar, triste, cansado e frio
Um desânimo, uma falta de alento
Nunca tão acentuado, como no momento

Falemos de Vidas
Aprisionadas em becos sem saídas
Para quem uma cova era paz e sossego
Glória de uma vida sem jeito
Tais foram as dores de peito

Falemos de Nós
E de quantos de Nós,
Frágeis como uma noz
Nos sentimos tão sós
Desatando tais nós

Porém …
O Arbusto verga mas não quebra
Sempre seremos alguém
Ainda que por ninguém.!

1 Comments:

  • At 13/11/07, Blogger A Professorinha said…

    Sempre seremos alguém, por nós mesmos! Primeiro nós, depois os outros...

    Beijos

     

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