No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

quinta-feira, outubro 25, 2007

Há Mar e Mar



Ó mar apimentado,
Quanta da tua pimenta
São espirros de sal?
Quantas carradas, trouxemos
Quantas espirradelas, nós demos
Quantos lenços lavámos
Quantas bebedeiras aturámos
Para que fosses nosso, ó mar?

Valeu a pena, tanta canela?
Pois sim, Ficámos a gostar dela
Quem quer sentir o seu sabor
Tem que lhe ter muito amor
A pimenta e a Canela
Ao mundo o portuga doou
O "Pessoa" não se enganou

No mar se esparrinhou
E nele se esparramou
Os bolsos esvaziou
Um osso duríssimo
Tudo o que restou

Uma terra o expulsou
Diz-se que muito a amou
Ferida, que nunca sarou
destino que não procurou
E desditoso por aí ficou

1 Comments:

  • At 25/10/07, Blogger A Professorinha said…

    Não entendi muito bem aquela da vedeta... Podes explicar melhor?...


    Gostei do poema... Andamos a roer ossos... isso é verdade

     

Enviar um comentário

<< Home