Banco de Jardim
Ali, naquele banco,
Não, naquele mais além
Um tempo sem fim
Esperei por ti
Muitos tempos passados
Olhos postos na linha do horizonte
Por mais que mirasse não havia sinal
Assim foi estando na esperança de ti
Lá vem gente, puro engano
Não passou de um cigano
Fumo um cigarro pensativo
Relembro as memórias
Virias ao sol posto
Estando bem disposto
Lá vem um cavaleiro, príncipe perfeito
Puro engano, não passou de um escudeiro
Uma longa manta colorida eu teço
Faço, torno a refazer e desfaço
Dou por mim a entristecer
E o coração a desfalecer
Lá vem uma nuvem esvoaçante
Puro engano era um mendigante
Olho para mim
No mais fundo
Vejo um poço sem fim
Ninguém passou por mim
Nesta espera sem fim
Talvez seja melhor assim
Ir dar de comer às cotovias
Em terra mirar as gaivotas
Alegrar os meus dias,
Deixar-me de agiotas
27/10/07
2 Comments:
At 27/10/07,
A Professorinha said…
Há pessoas por quem não vale apena esperar.. serão sempre desilusões...
Fica bem
At 28/10/07,
Anónimo said…
Há coisas que nunca deixaremos de fazer...tal, como esperar sempre por algo ou alguém, seja em que âmbito for...
Um beijo para ti
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