Filhos de Um Amor Incerto
E tantos eram os sonhos
E o quanto eu te quis feliz
E o quanto te sinto coitado
Sonhos e sonhos traçados
Desígnios, sorridentes
Amanhãs florescentes
Corações abraçados
A vida que corria bem
Teu sorriso de encantar
O bastante para cativar
O brilho do meu olhar
E agora filho meu!
Ai, o mal que pressinto
A rotina dos teus dias
Mais do que ocos vazios
A fé em coisa nenhuma
E essa maldita cocaína
Um presente envenenado
Um idiota te ofereceu
E teu mundo esvaneceu
À droga madrasta
Te tornaste obediente
Eleita para confidente
Ladra do meu doce amor
Perpétua é a minha dor
Filho da droga
Mais dela que meu
Não me ouves não me vês
Sinto, perder-te de vez
De mãos erguidas, te peço
Volta para mim, outra vez
Volta a mim o teu olhar
Volta à vida, ao amor
Ensinar-te-ei a andar
E voltarás a sonhar
30/4/08
4 Comments:
At 6/5/08,
A Professorinha said…
Quando temos algo a ensinar e alguém quer aprender, tudo é mais belo...
beijos
At 6/5/08,
A Professorinha said…
Quando temos algo a ensinar e alguém quer aprender, tudo é mais belo...
beijos
At 12/5/08,
Anónimo said…
Perder um filho é dor imensa. Vê-lo sofrer é dor ainda maior e nada poder fazer rasga nossa alma em gritos. Nosso amor é a unica arma e é com ela que devemos combater as dores da vida. Não desistir nunca! Beijo
At 14/5/08,
impulsos said…
Já o tinha lido além...
Como lá o disse, este poema mexeu comigo, pois sei dar o valor a quem deste mal não se consegue livrar.
É duro e destruidor. Destrói a casa e a vida a alma e o amor...
Um abanão em quem o deveria ler, pena que não o leiam.
Beijo
Enviar um comentário
<< Home