No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

sábado, março 24, 2007

Juras de Amor





Foram palavras ditas por amor
juras seladas por bocas sôfregas
Corpos cansados
Ávidos de desejo
Beijos loucos
Que a distância
Empolgou

Foram projectos de mil cores
Corpos suados e nunca saciados

Foram palavras loucas de amor
Corações ensandecidos
Olhos na linha do horizonte

Foram olhares meus desviados
Que um deus qualquer roubou

Foi chama que se extinguiu
Alma minha decadente
lamentos que nunca se ouviu

São vidas de mil cores
Em negras luzes apagadas
Em almas transmudadas
Pedra sobre pedra
Não sobrou
25/3/07


(Ao Cair do Pano, Fica o Vazio)

10 Comments:

  • At 26/3/07, Blogger Maria Do Mar said…

    Para quem como eu encontra na poesia alguma da magia dos dias, é muito bom encontrar um blogue onde sem medo se poetiza... e bem

    Vou voltar aqui.
    Deixo, salpicos de Mar
    Maria do Mar

     
  • At 26/3/07, Anonymous Anónimo said…

    Suspiro...profundamente...

     
  • At 29/3/07, Blogger A Professorinha said…

    Poema muito bonito, muito mesmo.

    Mais um madeirense. Adoro a Madeira. Tenho imensas saudades daí.

    Fica bem :)

     
  • At 30/3/07, Blogger as velas ardem ate ao fim said…

    Sobrou a recordação...mas não se vive delas.

    bjinhos

     
  • At 30/3/07, Blogger Fúria das Águas said…

    tãolindo este teu poema.
    UM beijo
    Furia

     
  • At 31/3/07, Blogger [[cleo]] said…

    Olá Juvelina!

    ... mas o importante é que foram momentos que se viveram!
    E esses... jamais serão tirados ou esquecidos.
    Até poderá sobrar o vazio, mas esse vazio está cheio de recordações!

    Um beijinho soprado

     
  • At 31/3/07, Blogger a d´almeida nunes said…

    Uma Madeirense! Com poemas tão bonitos, sentidos, pressente-se.
    A minha primeira viagem de avião, depois que, em 1969 me levaram à força num Boeing 727 para Moçambique onde estive 2 anos e tal na tropa, em Nampula,
    Gostei imenso da Madeira em 1992.
    Não sei porquê mas dá-me a sensação de que, se hoje aí fosse novamente, não iria apreciar aqueles túneis na montanha a encurtar caminhos!...
    Não sei porquê!...
    Um bj do "dispersamente",
    António

     
  • At 31/3/07, Blogger a d´almeida nunes said…

    http://leiriana.net/images/blogs/regulamento.pdf

    Regulamento para a I ANTOLOGIA DE POETAS LUSÓFONOS"

     
  • At 31/3/07, Blogger Vladimir said…

    muito bom....Como era sábado, o Vladimir inspirou-se e decidiu dar forma ao pensamento.

     
  • At 2/4/07, Blogger Angela said…

    Com a intensidade com que chega, também se vai a paixão.
    A paixão é uma tempestade.

    Um grande beijinho para ti.

     

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