No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

domingo, dezembro 11, 2005

O Olhar

Olhos meus, dizem quem sou
Minha essência desnudam
Dizem mais do que quero e consinto
Profundezas desvelam
Máscaras revelam
Hipocrisias à raiz vindimam
Ao olhar tudo é claro e vidente
Do olhar, não há como subtrair
Por mais que penses fugir

Com um olhar se anima a vida
Com um olhar tudo se consente
Com um olhar tudo se repele
Com um Olhar se morre
Com um olhar se mata
Com um olhar se Vive
Com um olhar se ama

Somos
Nada mais que O Olhar

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Longe

Milénios de tempos nos separam
Da minha e da tua Infância.

Revisito-me
Nos teus passos de criança

Já não és
Já não sou

Mas amo-te

Com todo o que sou
Com a força da criança
Que outrora eu e tu fomos.

O Passado surge presente
do calor do teu afecto
do sorriso do teu olhar
Que me fulmina e aquece

Ainda que ausente

Longe vão, os tempos da nossa meninice
Contigo encaro tranquila a velhice
Meu grande e único Amor