No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

quinta-feira, abril 24, 2008

E Tudo Mudou …

Velho Sou
Trapo nem tanto
Foi-se o encanto
Da vida que era canto

Restou o frio da estação
Mais o frio do coração
Restou o vazio das duas
Acentuou-se a solidão

Faltam os nós afectivos
Em corações aflitivos
E a vida que era alegria
Tornou-se tão sombria

A juntar a tamanha confusão
Mais sentida a falta de pão
A prazo uma cama de hospital
Foi tudo quanto restou

Neste ingrato Portugal
Onde todos vivemos mal
Os jovens como fúteis
Os velhos como inúteis

Mas não havendo moral
Neste mal fadado Portugal
Os jovens vivem mal
E os velhos por igual

3 Comments:

  • At 29/4/08, Blogger A Professorinha said…

    Vivemos todos mal... temos que emigrar... lá fora estar-se-á melhor??

    Beijos

     
  • At 29/4/08, Blogger impulsos said…

    Olá Juvelina.
    Já tinha lido este poema lá na nossa outra casa comum.
    Que dizer amiga?
    É um poema que, além de muito bem escrito, nos fala de duas gerações tão distintas.E é tão real o que dizes, amiga... tão real!
    Cada vez mais observamos a arrogancia e a futilidade nos nossos jovens, cientes de que têm o mundo na mão, mas estão tão enganados...
    E os velhos? Esses seres que ainda ontem trabalhavam que se desunhavam para criarem os filhos e os netos e hoje... hoje são um fardo para os mesmos.
    É o ciclo natural da vida, mas poderia ser um pouco diferente e não é!

    Beijo

     
  • At 3/5/08, Blogger A Professorinha said…

    Portugal, onde vivemos mal, mas onde nos vamos safando...

    Beijos

     

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