No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

domingo, janeiro 14, 2007

Nostalgia


Faz uma pausa
Escuta a minha voz
Há sinais de cansaços
Nostalgia de um tempo nosso
olhares cativos na linha do horizonte
Heranças desavindas
Um tempo novo
cumplicidades,
Partilhas,
sonhos
gerados
Ah, a minha alma de criança adiada
Num mundo melhor a valer
Malditas guerras
sempre reinventadas
sempre remoçadas
Nunca extintas
Escuta a minha voz
Há sinais de cansaços
Afectos dissimulados
Corações proibidos
Lares destroçados
Olhares de criança
Onde reina a discórdia
beijos apenas sonhados
A carícia que tarda
Mimos esquecidos
Aconchegos olvidos
histórias de embalar,
por contar, esquecidas
Magias desconhecidas
fadas por descobrir
Escuta a minha voz magoada
Meu nascimento foi jura de amor
sinto-me atraiçoada
Faz uma pausa, vê e escuta
Este é o meu reino de criança
rejeitada
( "Mami, Escuta a minha voz cansada e dorida de Ti")
14/1/07

8 Comments:

  • At 15/1/07, Anonymous Anónimo said…

    Infelizmente o amor nem sempre está presente nas nossas vidas ou no mundo que nos rodeia.
    Gostei do poema , comovente.
    Beijito.

     
  • At 15/1/07, Blogger [[cleo]] said…

    Olá Juvelina!
    Este sim, não deixa margem para dúvidas! É um poema que fala da indignação perante as guerras do mundo e tudo o que se lhes associa.
    Inclusivamente, a falta de amor e de carinho pelas crianças, que acabam por ser sempre os mais sacrificados!

    Gostei imenso do poema e da lembrança de alguém que sofre por eles... pelo sofrimento deles.
    Também me aflige muito ver o que vejo diariamente em qualquer canal, em qualquer telejornal!

    Beijinho soprado

     
  • At 16/1/07, Blogger Joker said…

    Falta de Amor é amor contido em quem não o recebe...

    Deixo-te uma beijoka, hoje estou com poucas palavras na ponta dos dedos...

    Obrigada pelas tuas visitas sempre marcantes...

    Até outra magia!

     
  • At 19/1/07, Anonymous Anónimo said…

    Olá Juvelina

    Lindo poema!
    Cheio de força, profundo e verdadeiro.
    Gostei

    Beijo

     
  • At 20/1/07, Anonymous Anónimo said…

    Poema forte!!
    Como aliás, tudo o que costumas escrever

     
  • At 21/1/07, Blogger [[cleo]] said…

    Olá Juvelina!
    Venho apenas deixar um beijinho...
    ... soprado, como sempre.

     
  • At 23/1/07, Anonymous Anónimo said…

    Olá Juvelina! Estive a ler os teus poemas com a Alice e ficamos deliciados! Eu não fazia ideia que tinhas essa qualidade tão especial... Já pensaste em publicar? Acho que faz todo o sentido... Devias partilhar com mais pessoas! Não sei se a minha ignorância na matéria me permite comentar mas eu acho que são poemas que, para além de serem muito sentidos, também nos fazem sentir de uma forma muito especial... Continua! Beijinhos!

     
  • At 24/1/07, Blogger JuvePP said…

    Filipe,
    Obrigado pelas vossas palavras mas não reconheço que tenha nada do que disses, posto que os textos que aqui colocam são meros desabafos. Uso a página para descarregar algumas das minhas amarguras mas também o que por vezes me encanta nas pessoas ou desencanta. Assim, em vez de andar a remoer e a ficar ressentida com a vida, prego-lhe a partida de desmascar os possíveis momentos menos bons e assim ficamos quites, eu e a minha circunstância de ser e estar na vida.Além disso, é uma forma de não aumentar o trabalho dos psicólogos (ah ah ah). Fica bem bjs

     

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