No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

Todas as Descrições são Pecaminosas

terça-feira, agosto 15, 2006

Até Sempre

Naquele ermo descampado, vi-te pela última vez
Foi a nossa despedida, último encontro,
de almas gémeas, enlaçadas, dolentes da partida
último olhar olhos nos olhos
Perdidas no tempo, para trás outras caminhadas deixaram
anestesiadas e enlaçadas no último e primeiro abraço
Perdura, no tempo e na distância, o momento mágico
irrepetível, único, como a água,
debaixo da ponte, passa uma só vez
faremos outras viagens em carruagens diferentes
mais doridas de solidão, da partida que se avizinha
Querem-se as almas unidas
mas o tempo e a distância
outras linhas o destino traçara
Que fazer deste sentimento avassalador
sedento de companhia, eis a questão
para a qual, não há resposta, não
Afirma-se como verdade absoluta:
O amor vence barreiras
Mas este é fruto proibido
Acessível a muito poucos
Resta então a recordação
que inflama a imaginação
outros momentos virão?!
Ou talvez não ...
Não se vive a emoção
daquele abraço de almas,
de tão único, duas vezes, não
4/8/06

1 Comments:

  • At 21/8/06, Blogger Joker said…

    Hoje, num dia em que o sorriso é forçado, fizeste-me sorrir!

    Enterneci nas tuas lindas palavras!
    Em tudo o que acredito encotrei-me aqui, no sopé da tua montanha, onde o arbusto verga mas não quebra;)
    Hoje quem te agradece de coração, sou eu!

    Beijos de magia

     

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