No Sopé da Montanha o Arbusto Verga mas não Quebra

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sexta-feira, outubro 14, 2005

Os Nossos Entes Queridos

A morte dos nossos entes queridos

Não é apenas
o nosso mundo
as nossas relações
a nossa afectividade
As vozes do nosso coração
Que afunilando vão

É também
rostos caras desfocadas
memórias extremadas
mundividências apagadas
recordações nubladas

É ainda
Os jardins da nossa infância
em desertos transformados
Roseirais depenados
Gestos, sorrisos idos
Afectos brumas feitos

A morte dos nossos entes queridos vem nos à memória retalhos de Nós

A morte dos nossos entes queridos levam pedaços de Nós